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The End


Há qualquer coisa de alegre e triste, em simultâneo, quando se chega ao fim de um bom livro. E digo de um bom livro porque já senti algum alívio por chegar ao fim de certas obras, o que, felizmente, até agora, e entre tanta coisa que já li, só me aconteceu muito poucas vezes.

É como quando era pequena e chegava ao último episódio a novela da noite: nos primeiros dias sentia até uma certa saudade daquelas caras, que sabia que não iriam voltar.

Fechei agora mais um Saramago. Despedi-me da Marta, do Marçal, do cão Achado, do Sr. Cipriano e da Isaura. Do banco de pedra e da amoreira preta… Por um lado conheci finalmente o fim da história, mas, por outro, fica um bocadinho de saudade destas pessoas que, apesar de inventadas, e irreais, me ensinaram muito e me acompanharam durante muitos dias.

Ler é uma viagem que nos devolve, multiplicado por muitas vezes, o que possamos ter pago pelo livro.  E Saramago… já era Saramago antes de ser Nobel!  

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