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História do pássaro Chica Amorica


E como está aí o dia do pai, hoje vou deixar aqui uma história com que o meu me adormeceu tantas vezes…

Era uma vez um pássaro chamado Chica Amorica. Vivia no seu ninho com os seus três filhos,  no alto de um Carvalho. Como era um pássaro feliz, pôs-se a cantar.
A raposa, ouvindo o cantar alegre do pássaro, aproximou-se e perguntou lá para cima:
- Quem está a cantar no cimo deste alto Carvalho?
E o pássaro respondeu, alegremente:
- Chica Amorica e seus filhos três!
E a raposa respondeu:
- Pois então deita cá para baixo um dos teus filhos, senão alço o meu rabo, corto o Carvalho e como Chica Amorica e seus filhos três.
Cheia de medo, a ave deitou um filho para fora do ninho. Ficou tão triste que começou a chorar sem parar. No dia seguinte, a raposa voltou e, ouvindo chorar, perguntou:
- Quem está no cimo desse alto Carvalho a chorar?
Chica Amorica respondeu, tristemente:
- Chica Amorica e seus filhos dois.
E a raposa repetiu:
- Pois então deita cá para baixo um dos teus filhos, senão alço o meu rabo, corto o Carvalho e como Chica Amorica e seus filhos dois.
O pobre pássaro, muito infeliz, deitou mais um filho para fora do ninho, e continuou a chorar tristemente. Ouvindo o choro, passou por ali o mocho, amigo da Chica Amorica. Ao ouvir chorar, perguntou:
- Quem chora no cimo deste alto Carvalho?
E logo ouviu:
- É Chica Amorica e seu filho único. Passou por aqui a raposa, que me disse que cortava este Carvalho com o seu rabo e que me comia a mim e aos meus filhos. Já me levou dois…
O mocho disse-lhe que a raposa era matreira e que rabos de raposa não cortam Carvalhos, só cortam Pinheiros… E ficou por perto.
Pouco depois apareceu a raposa. E logo perguntou o de sempre, mas Chica Amorica tinha aprendido a lição e respondeu que “rabo de raposa não corta Carvalho, só corta Pinheiro!"
Irritada, por ter sido desmascarada, a raposa gritou:
- Isso são conversas do mocho!
O mocho apareceu à raposa e disse:
- Pois!
A raposa disse então ao mocho:
- Já que és tão esperto vê lá se consegues pôr um pé no chão e o outro no ar.
E o mocho assim fez.
- Agora fecha um olho e abre o outro - ordenou a raposa.
E o mocho obedeceu.
- Agora fecha o outro olho também!
Ele assim fez e era o que a raposa queria. Engoliu o mocho e desatou a correr enquanto gritava, de boca cheia:
- Mocho comi! Mocho comi!
O mocho, gritou-lhe, de dentro da boca:
- Grita mais alto para toda a gente te ouvir!
A raposa abriu muito a boca para falar mais alto e o mocho fugiu rapidamente a voar, enquanto gritava:
- A outro, a outro que a mim não!

3 comentários:

  1. Maria João Martinez25 de março de 2012 às 03:01

    Linda história, e linda recordação também
    Beijos

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  2. Que bom ter encontrado a fábula escrita. É uma das que fazem parte dos momentos entre a minha filha e mãe :D

    Muito obrigada :)

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    1. Histórias como esta criam excelentes recordações de infância para quando crescemos. Beijinhos, Rosa!

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