> CASAPONTOCOME: julho 2012

Nozes nº 7



Ele: (a ver as notícias) Já viste isto? Querem encher Portugal de eucaliptos!
Eu: Está bonito! Os koalas é que devem ficar contentes. Já deve haver alguns a fazer as malas, na Austrália, e a prepararem-se para vir viver para cá.
Ele: Olha isso é que era: intercâmbio! Vem um casal de koalas para cá e vamos nós para a Austrália!

Aventuras... com as laranjas


Há tempos, no hipermercado, perto das laranjas, apanhei este diálogo:

(Duas senhoras de quarenta e poucos anos)

Senhora 1: E ela o que é que te disse? Achou mal ele ter saído?
Senhora 2: Claro! Fartou-se de mandar vir comigo! Mas eu disse-lhe logo “E querias que eu fizesse o quê? Que não o deixasse sair de casa? Que o obrigasse a ficar ali fechado, todo o dia, numa tômbola?”

E eu fugi, a empurrar o carrinho, para me poder rir à vontade, no corredor ao lado.

Mulheres de boné


Detesto ver mulheres de boné. Ponto.
Não fica bem, não é sexy, nem sequer é amoroso, nem engraçado. As mulheres que os usam parecem querer imitar rapazes pequenos e não consigo perceber o que é que isso poderia trazer de bom, a qualquer elemento do sexo feminino… E não, não depende do tipo de cabelo, nem do tipo de cara, nem de nada: se é mulher, não use bonés. Porque lhe vai ficar mal. Seja em que circunstância for. Seja em que idade for.

Os bonés ficam geralmente justos à cabeça da mulher, espremendo qualquer tipo de volume do nosso cabelo, o que não ajuda ninguém. Por vezes, por baixo do tenebroso capacete formado, emerge o pobre cabelo, em toda a sua força, conferindo à senhora uma semelhança perigosa com uma esfregona. Quando o cabelo é curto, pior ainda: o look à rapazinho fica muito bem, de facto, mas apenas a rapazinhos.

E quando são senhoras já de uma certa idade e insistem em usar bonés da selecção, ou de uma qualquer marca de tintas ou de batatas fritas? E quando o usam para completar um look que inclui um vestido? Não há espelhos, senhoras? Se os vossos maridos saíssem de casa com roupa de homem e um chapéu cor-de-rosa com flores, achavam bonito?

Há grupos inteiros de mulheres que saem à rua, principalmente agora no Verão, todas de boné: só varia o horror das cores, dos materiais e as marcas que exibem com toda a pompa, por cima da pala. É a avó, a filha, a neta e a sobrinha, tudo corrido a bonés.

E quando se acham extremamente radicais, ainda os viram para trás! Quando pensávamos que nada poderia piorar, eis que surge uma mulher de boné ao contrário. A tira de plástico com os furinhos mesmo em cheio na testa, um pedaço de franja a tentar em desespero escapar-se pela abertura, o risco de ficarem com um semi-círculo bronzeado em plena testa…

Mulheres, por favor! Querem proteger-se do sol? Usem chapéus de mulher: há modelos, cores e feitios para todos os gostos.  

Caipirinha de morango



E este fim de semana tivemos um delicioso almoço de família, ao ar livre, rodeados de Natureza por todos os lados. À nossa espera estavam estas deliciosas caipirinhas, fresquíssimas e docinhas, que iniciaram uma tarde tão agradável.




 Ingredientes
{ morangos… muitos e caseiros, de preferência.
{ açúcar… a seu gosto, idealmente do amarelo.
{ cachaça… a seu gosto mas com cuidado: bebidas que sabem a suminho são perigosas!
{ gelo picado: muito

Preparação
Ora os morangos podem ser inteiros (como neste caso) ou partidos, desde que generosamente adoçados.
O copo enche-se então de gelo picado e adiciona-se a cachaça, na quantidade desejada.

Doce, fresca e deliciosa!



Palavrões


Neste blog não se escreverão palavrões.
É o mandamento do dia.

Nunca os disse, pura e simplesmente porque não tinha autorização da minha mãe para os dizer. Lembro-me distintamente de, pelos 4 anos, perguntar, a medo, a um tio meu, se “gajo” era uma asneira. Quando fiquei maiorzinha, também já não consegui começar a dizê-los e assim fiquei até hoje. O mais longe que vou é até ao “porra”, ou “caramba”, ou, mais raramente, “carago”. E nem considero isto asneiras.

Esta semana fui ao médico e, na sala de espera (local tão propício a ter ideias para aqui escrever…), estava um grupo de jovens com 18 – 20 anos, rapazes e raparigas, e sinceramente eram uns atrás dos outros! Em cada frase contavam-se pelo menos 3 asneirolas, do mais cabeludo que se possa imaginar. Há quem ande “com o credo na boca”, mas outros teimam em andar com outras coisas, muito mais desagradáveis e certamente desconfortáveis… Apercebi-me que aquilo fica mesmo feio a certas pessoas, mas não a todas. Já tive amigas e amigos, que até nem seriam os mesmo se não lhes saísse um ou outro palavrão, mas “o que é demais, é moléstia”, como dizia a minha avó.

A surdez parece ser, cada vez mais, um dos males mais frequentes entre os pais da actualidade. 

Vernizes - marca Andreia


E como o Verão decidiu aparecer, os pezinhos pedem mimos, antes de aparecerem no chinelo ou na sandália. Uma boa massagem, um bom hidratante e, claro, o verniz!

Como as unhas dos pés podem ser todas pintadas usando a mão direita, normalmente sou eu que as pinto, porque consigo acertar na unha sem grandes acidentes (o mesmo já não posso dizer quando tento pintar as unhas da mão direita…).

Uma das minhas marcas preferidas de vernizes é esta, a Andreia. Têm uma boa relação qualidade-preço, a quantidade por frasco é generosa e a textura torna a aplicação muito fácil: espalham bem pela unha e à segunda camada o resultado é perfeito. Para dar mais durabilidade, uso por cima um “top coat” de brilho, da mesma marca. Aplico um pouco depois da última camada de verniz e o efeito é lindíssimo: as unhas ficam muito brilhantes e não deixa lascar o verniz.

Uma das cores que uso mais é esta: Andreia nº 47. É um branco-rosado-leitoso, digamos. É um tom que não cansa, é discreto mas elegante. Adoro o contraste quando já tenho uma corzinha!

Não esquecer: mimar os pés é importante! São eles que nos suportam todos os dias…

Nozes nº 6



Eu: Olha: precisam de pessoal da tua área, para Macau. Parece-te bem?
Ele: Até ia…
Eu: Credo! Para andar a comer gafanhoto frito e cão, não?
(10 segundos depois)
Eu: Também estão a pedir para aquela empresa das minas, no Alentejo.
Ele: Oh, isso fica um bocado longe…

Sol para todos



Parece que andamos um bocado descontentes com S. Pedro nos últimos tempos, mas não devíamos. Era mais com o S. Próprio. 

Porque o Verão já não chega na altura normal, porque o Inverno é mais quente do que era suposto. Ora chove demais, ora temos a seca extrema a abrir telejornais. “Parece que é de propósito: chove sempre só ao fim-de-semana!”

E na verdade a culpa disto tudo, é nossa. Na natureza não existem ciclos de 7 dias. Se começam a haver, é porque o Homem anda a desequilibrar uma série de coisas que não devia, e depois queixa-se.

Mas por outro lado, quem disse que é preciso estar sol para se fazerem coisas boas? Ora vamos mas é sair de casa e aproveitar a vida para viver! Vamos aproveitar quando? Depois dos 80? Aí já não temos muito tempo, nem muita energia. Acordei? É suficiente, por isso, toca a andar!

O sol está sempre lá, nós é que podemos não o ver!

Gerês - overdose de verde



Há uns anos visitava o Gerês de boca aberta, literalmente. Ao mesmo tempo para respirar o máximo possível de ar puro, mas também de espanto, por ver tanto verde em todo o lado. Isto foi antes de vir morar para o Minho, mas o encanto manteve-se, apesar de estar agora mais habituada a esta cor.

O Gerês é perfeito para uma fuga, quando precisamos de esvaziar a cabeça de tensões ou de pensamentos pesados, ou de a encher de inspiração e de ideias novas. 

Há cascatas a surpreender-nos em frescos recantos. As barragens convidam a um mergulho ou a uma foto, conforme a altura do ano. As montanhas têm contornos aveludados e escorrem por eles sombras, alternadas com o brilho do sol.  

Ainda agora o Gerês continua a espantar-me. Há zonas em que, para onde quer que se olhe, a cor é o verde. A única cor. Não se vê terra, nem estrada, de outra cor, porque tudo está forrado de verde. Verde mais claro ou mais escuro, mas só verde. Musgos, folhas, líquenes, ervas... Não se vê o céu porque as copas das árvores entrelaçam-se por cima de nós, numa trama densa de frescura. De que cor? Verde!

WOK - o que é e para que serve



Descobri que há muita gente que ainda não conhece esta maravilha, ou que não a usa em todas as suas potencialidades, ou que, simplesmente, lhe troca o nome...

Trata-se de um utensílio de cozinha, semelhante a uma frigideira ou sertã, mas com um formato único e características anti-aderentes. Pode ter cabo ou duas asas. pode ser usado com ou sem tampa e permite dar uma textura, um aroma e uma consistência muito diferentes e agradáveis aos alimentos nele cozinhados.

Há quem o trate por “WUK” em vez de “WOK”, há quem até escreva WOOK, em vez de WOK, o que está errado, mas é muito frequente. Aliás ouvi mesmo já alguém dizer “Às vezes faço isso na wuk!”. Só depois de algum tempo associei que não se tratava de nenhuma máquina estranha de cozinha, mas sim do bom e velho Wok.

Um simples salteado de legumes ganha uma nova vida quando cozinhado nele. Eu adoro o meu Wok!

Entrada fresca de rúcula e salmão



Há uns tempos, fomos mimados com esta entrada num almoço de família e adorei o contraste, portanto decidi fazer e partilhar convosco! Claro que é condição essencial apreciar rúcula. Eu era capaz de comer um pacote inteiro sem temperos, portanto sou suspeita. Adoro o saborzinho picante e a frutos secos destas folhinhas!

Ingredientes (2 pessoas)
{ 100 g de salmão fumado
{ 1 embalagem de rúcula
{ temperos a gosto

Preparação
Basta então distribuir o salmão pelos pratos, emoldurar com a rúcula e regar com sumo de limão, ou, no meu caso, como ando virada para as toranjas, com sumo da mesma.

Notas finais
Podem ser feitas imensas variações em termos de tempero e de “aditivos”, fica ao gosto de cada um!
Pode ser servida com uma colherzinha de maionese ou de um molho que combine bem com o salmão. Pode simplesmente regar-se com um fio de azeite.
Não aconselho a usar sal, porque ambos os intervenientes do prato são já bastante condimentados no seu sabor.
Podem adicionar-se uns croutons, uns frutos secos, como cajus ou amendoins ou passas (ou todos, porque não?)

Esta é uma entrada, como quase tudo aqui da cozinha, fácil e eficaz! Tem ainda a vantagem de ser muito saudável.

Manual de instruções - homens



Pois, devia haver um em cada exemplar do sexo masculino, mas lamentavelmente não há. A esta hora os homens estão a pensar que também nós devíamos trazer um, com certeza. Temos pena…

Vamos descobrindo aos poucos os manuais uns dos outros. Enquanto tivermos paciência e vontade, a relação continua: cresce e fortifica-se. Quando desistimos de perceber e de tentar, vai cada um para seu lado e mais tarde tudo recomeça.
Ou não. O celibato eterno é sempre uma opção para os menos pacientes…

Apesar de tudo, tenho-me apercebido que as mulheres pensam que os homens são seres quase extraterrestres, impossíveis de compreender e não me parece que seja tanto assim… Passo a explicar: visito às vezes um fórum, onde as pessoas expõem as suas angústias, dúvidas e dilemas, pessoais, culinários ou sentimentais e leio coisas que me deixam a pensar. Por exemplo, é frequente mulheres queixarem-se de coisas do género: “Ele está mais frio comigo! Dantes ligava-me duas vezes por dia, trocávamos sms até adormecer e estávamos juntos sempre que ele tinha tempo livre, depois do trabalho e ao fim-de-semana. Já namoramos há 1 ano e agora ele diz que também quer ter tempo para estar com os amigos e que precisa de espaço! Será que já não gosta de mim?”

Serei só eu que só de ler isto, já sente falta de ar? Os homens são de facto diferentes de nós em algumas coisas, parecidos noutras e iguais em muitas. E que tal pormo-nos de vez em quando no lugar deles, para tentar perceber as suas reacções? Nem tudo significa que a culpa é nossa, ou que o amor acabou!
Mulheres: respirem fundo e pensem “Se fosse eu a viver assim, o que sentiria? Saturação? Falta de ar? Saudades das minhas amigas?” Todos, homens e mulheres, precisamos de carinho e de atenção, mas também de espaço e de ar. E de tempo para sentir saudades.

Acho que vou abrir um consultório sentimental. Adoro dar palpites…

Caipirinha de toranja



Andava eu a comprar fruta, quando umas toranjas me chamaram a atenção. Sou incapaz de as comer, mas adoro o seu perfume. Então lembrei-me de experimentar uma variação de caipirinha…

Ingredientes (2 caipirinhas)

{ 1 toranja
{ açúcar amarelo qb
{ cachaça qb
{ gelo picado qb

Preparação

Lavar a toranja e partir em pedaços, com a casca.
Distribuir por 2 copos.


Deitar pelo menos uma colher de sopa de açúcar amarelo em cada copo.


Esmagar bem em cada copo. Eu uso a “mão” do almofariz, mas qulaquer outro utensílio serve.
Adicionar a cachaça, na quantidade desejada.
Juntar o gelo picado, envolver, provar e rectificar o “tempero”: um pouco mais de açúcar, ou de cachaça, ou de gelo…

Notas finais

Aconselho a beber com palhinha. O sabor é bastante refrescante e diferente das caipirinhas habituais. A casa aprovou!