> CASAPONTOCOME: março 2015

Eu, tu... e ele!


Este fim-de-semana, um colega do meu marido veio cá a casa. Ora como o nosso gato Matias não tem autorização para ir à rua sem supervisão, assim que se abre uma porta para o exterior, é vê-lo a voar nessa direcção.
Assim sendo, fiquei com ele na sala, quando tocaram à campainha e o meu marido foi abrir a porta. Estávamos perto da janela, comigo pronta para lhe deitar a mão quando o meu marido abrisse a porta da sala. Ele abre a porta, o Matias estranhamente sossegado ao meu lado e eis que oiço as apresentações: “A minha mulher e o meu gato.”

E assim me apercebo que agora somos mesmo uma família de 3!   

Dia do chocolate

Parece que hoje é dia do chocolate. 
A minha relação com o chocolate é parecida com a minha relação com o marisco. Como e sabe-me bem, mas passo bem sem eles. É aquele meu lado extraterrestre, que pouca gente compreende, o que se há-de fazer? Aqueles ataques de vontade de comer chocolate devem acontecer-me uma vez por ano, no máximo. 
Ainda assim, há receitas que faço e como, com todo o gosto.




Bacalhau à Brás reinventado


Mesmo quando o resultado já é delicioso, gosto de experimentar, de alterar receitas e de inventar coisas novas.
Como já mencionei, o bacalhau à Brás é visita habitual da nossa mesa, porque o faço de maneira tão rápida, que o torna a solução ideal para jantares urgentes. Certo dia, estava a ver um programa do chef José Avillez, em que preparava uma espécie de farinheira à Brás e reparei numa inversão de passos curiosa, que decidi aplicar no nosso bacalhau à Brás. E não é que muda tudo? A rapidez é igual, porque estamos só a trocar duas etapas da receita, mas melhora ainda mais o sabor e a textura!

Passo a explicar, depois do bacalhau bem refogadinho, na altura de juntar as batatas, junto os ovos batidos. Forma-se um creme macio e nessa altura é que adiciono as batatas fritas. O resultado é mais cremoso e mais uniforme. Agora faço sempre assim, é um bacalhau à Brás reinventado!

Navegar

 
Sou uma pessoa controladora: gosto de saber onde estou, para onde vou e como lá chegar. Faço muitos planos, listas, projectos principais, secundários e alternativos. Mas depois vem a vida, e a vida tem outros planos, quase sempre. A vida é como o mar e não se deve ter a pretensão de controlar o mar. Podemos controlar a nossa navegação e pouco, porque é sempre o mar que manda, a nós só nos cabe navegar.
Para pessoas como eu, o verbo adaptar conjuga-se com dificuldade. É preciso abrir as mãos e os braços ao que o universo tem para nós, evitar a pré-ocupação da mente com o que ainda não chegou… enfim, aprendizagens.

Coisas mesmo boas: sentir que, a cada passo, aprendi ainda mais; Olhar para trás e não me arrepender de quase nada; Perceber que eu e tu somos os navegantes desta travessia e agradecer muito por tudo isto, que é tanto.   
    

Os meus bons dias


Os meus bons dias começam assim: café ou chá preto e uma torrada com manteiga (da verdadeira). E, por cada dia que posso começar assim, agradeço.
Acredito que é nas pequenas coisas boas de cada dia, que se constrói a felicidade. Basta estar atento a elas.

Comigo, tem resultado!  

Receita de pão do tacho

Este fim-de-semana, decidi experimentar fazer um pão à mão. Agora, enquanto me delicio com uma fatia com manteiga, ainda me custa a acreditar em como foi fácil: sem amassar e sem sujar as mãos! O pequeno pão que fiz levou metade destas quantidades. Altamente recomendado!

Ingredientes:
500 g de farinha SEM fermento
400 g de água morna
1 colher de chá de sal
1 pitada de açúcar
1 colher de chá de alecrim picado (fresco ou seco)
10 g de fermento de padeiro (ou cerca de metade de uma embalagem de 25 g)

Preparação:
Numa taça grande colocar a farinha. Noutro recipiente, misturar a água morna (Cuidado com a temperatura da água, deve ser morna, quase fria, para não matar as leveduras do fermento), com o sal, o açúcar e o fermento. Mexer até ficar tudo dissolvido e deitar por cima da farinha. Misturar com uma colher, mas só até molhar toda a farinha, não precisa de ficar uma mistura uniforme. Cobrir a taça com um pano e deixar repousar por 1h30 – 2h.
(Pré-aquecer o forno a 200ºC)
Passado este tempo, despejar a massa (que deve ter crescido) para uma superfície polvilhada com farinha e dobrar duas vezes: primeiro a meio e depois novamente. 
(Usei uma colher grande para dobrar, portanto, nem aqui sujei as mãos. )
Despejar a massa para um tacho com tampa, que possa ir ao forno, ou qualquer outro recipiente do género, sem esquecer de polvilhar o fundo com farinha. Dar um golpe no topo da massa e polvilhar com o alecrim.
Levar a cozer por 25 min com a tampa e mais 15 min sem tampa, até ficar douradinho por cima.
Muito fofo, com um sabor delicioso e o cheirinho a alecrim… Hmmm!




M de Mulher



Ser mulher, hoje e sempre. Para mim, é ver o mundo com ternura. É procurar relativizar tudo e dar importância ao que realmente é importante. É tomar conta, cuidar, controlar e proteger. Tudo o que for preciso, para manter em equilíbrio o nosso mundo, mesmo que o sacrifício seja nosso. É também suportar, ainda… Injustiças, preconceitos e superar tudo isso. 
Apesar de tudo, apesar de, pelo menos uma vez por mês, pensar em como teria sido melhor ser homem, ser mulher é um privilégio e um orgulho. Hoje e sempre.

Olá Março!


E cá está ele, finalmente, o mês que põe fim ao Inverno, Março! Por enquanto, cá na minha terra minhota, ainda estamos em modo Londres, com chuva, nevoeiro e bastante frio. Mas eu acredito: dias de sol estão mesmo, mesmo a bater à porta! E de repente, vai chegar um dia em que saio de casa, pela primeira vez este ano, de manga curta. Vou sentir o quentinho na pele e achar estranho ter sido assim, de um dia para o outro, que chegou o calor. Aaah, mal posso esperar…