Ainda em
fase de adaptação a novas rotinas, teimo em fazer coisas boas no tempo livre
que me resta. Assim que ouvi falar deste concerto, tomei nota na
minha agenda, sabia que seria uma experiência deliciosa, e assim foi. O quarteto
“Danças ocultas” acompanha-me há
muitos anos: fui eu quem os apresentou ao HDC, estudámos muitas vezes ao som
destas concertinas, por terras transmontanas. A mim, estas melodias levam-me de
volta à aldeia da minha avó, a dias de sol e passeios à beira-Vouga, ao som do
vento em árvores altas e ao cheiro a plantas e a terra.
Apesar
de mais associado ao folclore, o som da concertina, aqui, é conjugado de outra
forma, elevado a outros níveis e o resultado é difícil de explicar: tem de ser
ouvido.
Foi
uma noite mágica na Casa da Música: uma sala cheia e totalmente rendida aplaudiu
de pé estes 4 senhores e os seus convidados. Eu saí de lá mais leve, com a
ideia bem reforçada da importância da música na minha vida: acredito
sinceramente que não poderia viver sem ela.
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