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Aventuras... na farmácia

Entro na farmácia da freguesia vizinha e vejo uma senhora gorda, de costas para mim, dobrada sobre um expositor. Como estava de bata branca e não havia lá mais ninguém, presumi que lá trabalhasse e avancei para ela. Ela vira-se, sorri, segue para o interior do balcão e diz-me “Bom dia!”. Arrisquei um “Boa tarde”, afinal eram 15 horas. Ela estica ainda mais o sorriso e corrige-se “Pois é, já é boa tarde, tem razão. E olhe que hoje até já almocei e bem!” Solta uma pequena gargalhada. Peço o que quero e ela atira logo: “Você não é de cá, pois não?” (Pronto, já me apanhou, vou passar a falar por gestos a ver se passo mais despercebida. Sou sempre apanhada pelo meu mix de pronúncias.) “Vivo cá, mas não sou de cá.” “Ah e vive aqui na freguesia?” “Não, é já ali na freguesia vizinha…” “Aaah. Vive naquelas casas amarelas, não?” E começo a perceber que não vou levar as minhas coisas sem passar neste inquérito gorducho e sorridente. E lá fui respondendo, mais umas 3 ou 4 perguntinhas e estava despachada, coisa pouca.
Lembrei-me logo daquela anedota em que, no final, o senhor entra desesperado na loja e exclama: “Já lhe dei as medidas da casa de banho, trago aqui o azulejo e o aro da sanita, as minhas cuecas são tamanho L… Pode vender-me o papel higiénico ou não?”

Foi mais ou menos isso.

2 comentários:

  1. Maria João Martinez29 de maio de 2013 às 20:32

    Lembre-se que é bom conhecer os vizinhos, principalmente em terras pequenas.

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    1. Adoro conhecer pessoas novas e pelos visto a Sra da farmácia partilha deste mesmo gosto. Sé era escusado o interrogatório-quase-policial, podíamos ter combinado um café! XD

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