Estou
magra como um cão. Desde que comecei a trabalhar já perdi 6 kg. Com o stress
deu-me para perder a fome e muitas vezes como apenas por obrigação. Enfim, até
me sair o euromilhões é esta a minha vida e pronto.
Isto
para dizer que tenho comido mais francesinhas, aproveitando a minha inesperada
magreza. Conheci este petisco em Vila Real, quando andava na Universidade. Ao
longo dos anos experimentei tantas e em tantas zonas que, com esta provecta
idade, já posso recomendar um top 3:
Em Vila Real, sem dúvida, as da Casa Cardoso (onde voltámos no
fim-de-semana passado, para matar saudades) – um molho levemente adocicado,
pouco espesso e moderadamente picante. Pão na quantidade certa, um bife alto
mas tenro e pouco mais. O molho extra vem à mesa directamente do tacho, num
ritual que não mudou nos últimos 20 anos.
Em Braga, as da Taberna Belga. Em noites de fim-de semana o segredo é chegar muito
cedo ou muito tarde. Entre as 20h e as 22h, arranjar mesa pode significar uma
espera de 1 hora ou mais. Estas francesinhas intrigam pelo molho, muito rico e
saboroso, e pela surpreendentemente fácil digestão da dita. No interior, um
bife fino, mas muito macio e poucos acréscimos desnecessários.
Em Guimarães, as do Real Plazza. Aqui, o atendimento merece uma menção especial, porque
apesar do tempo de espera, que também pode ser um problema, somos compensados
por uma simpatia e uma eficiência que fazem esquecer esses pormenores. A
francesinha é saborosa, um pouco mais recheada que as anteriores, mas com
produtos de qualidade.
E é
isto, com o tempo fomos dando mais valor à qualidade do bife e aquelas
francesinhas atulhadas de mortadela, linguiças e chouriças correntes e
salsichas de lata deixaram de fazer parte dos nossos roteiros. Menos é mais,
até na francesinha!