> CASAPONTOCOME: outubro 2014

A história mais assustadora


Das histórias que enviaram (obrigada a todos pelos envios!) escolhi esta, da Maria (assim pediu para ser chamada), que mora na zona de Aveiro. Foi a que mais me arrepiou…

“Um casal amigo meu comprou casa e estavam a preparar a festa de inauguração. Num sábado, a minha amiga pediu-me ajuda para fazer uma limpeza geral, depois das mudanças. A casa tinha ficado espectacular: o prédio é antigo, mas a cozinha e o WC foram renovados e ficou uma mistura gira, entre antigo e moderno. Enquanto limpávamos, tínhamos a música alta e íamos rindo e falando, até que ouvimos uns barulhos no andar de cima, de coisas a arrastar. A minha amiga queixou-se, dizendo “lá andam outra vez a mudar os móveis!” e não ligámos mais.  
Na noite da festa, como não havia sítio na sala para estarmos todos sentados, as portadas da varanda da sala estavam totalmente abertas e ficámos uns na sala e outros na varanda. Eu estava na cozinha com a dona da casa, quando um outro amigo veio ter com ela e disse que andavam “a partir coisas lá em cima”. Ela contou que realmente andava sempre a ouvir coisas a arrastar e a partir, mas que ainda não conhecia os vizinhos de cima.   
Na semana seguinte, fomos tomar café e foi aí que me contou: 
ela foi ao apartamento de cima no dia seguinte à festa, para tentar conhecer os vizinhos e até para matar a curiosidade do que andariam a fazer na casa. Ninguém abriu a porta. 
Como um dia se cruzou com o vendedor da imobiliária que lhes vendeu o apartamento, perguntou se sabia quem morava em cima, se estariam ainda em obras, porque era muito o barulho, principalmente à noite. Ele olhou para ela com ar espantado e respondeu que ninguém lá morava, que a casa estava vazia. Era também ele que costumava mostrar aquela casa e sabia que ninguém lá vivia, nem havia nenhuma obra a decorrer. 
Foram os dois nessa tarde ao apartamento, porque a minha amiga insistiu que alguém lá andava de noite, era impossível não andar lá alguém. 
A casa estava fechada e totalmente vazia.   


Bom Halloween! muahahahah

O certo


Assim, sim. Voltei ao meu lugar, à minha vida, a nós. É curioso como, apesar de ter passado longos meses, praticamente ausente, focada quase a 100% nos horários, nos transportes “de” e “para”, no trabalho, nos objectivos, nas pressões… o regresso a mim foi natural, simples e rápido. Defino e decido o meu tempo, o meu ritmo. Estou atenta, acompanho, estou presente. Em curtas semanas o equilíbrio voltou e tudo está como devia estar.

Tudo o que é certo, sabe a certo. 

Partilhas assustadoras


E já falta pouco! Vem aí o Halloween aka Noite das Bruxas. A casa lança o desafio: quem já passou por situações assustadoras, aterradoras e sem grandes explicações racionais para as mesmas? Está na hora de deitar tudo cá para fora! Enviem a vossa história, para o email da casa (casapontocome@gmail.com). As mais tenebrosas correm o risco de vir parar ao blog!

Aconteceu comigo e foi mesmo verdade.

Agradecer

Definir os ritmos, as prioridades e as formas de uma vida nova, tão nova que cheira a novo. Pisar com força nos pessimismos alheios e nas frases feitas para nos travar, e seguir sempre.

Aquela sensação de aproveitar. As horas dos dias, tu, os outros, os risos e os sorrisos. Depois de muito tempo sem poder sentir, nem o sabor desta liberdade, tudo ganha agora outra dimensão. Mas o verbo mantém-se: agradecer.    

Fly


Ao longo dos últimos meses aprendi e cresci imenso e, por isso, estou grata.   
Constatei que o tempo é infinitamente mais valioso que o dinheiro.
Descobri capacidades e competências que nunca imaginei ter.
Clarifiquei e ordenei as minhas verdadeiras prioridades na vida.
Percebi que as decisões maiores da nossa vida têm de ser feitas por e com amor: para mim não faz sentido se não for assim.   

Quando sentimos que alguma coisa está errada na nossa vida, a única coisa a fazer é parar. Parar mesmo e olhar em volta do agora. Perguntar “Eu estou aqui bem? Isto faz sentido agora? Faz sentido daqui a 2 anos, daqui a 10 anos?” E acreditar nas respostas que surgem. E agir de acordo com elas.

Foi o que fiz. Depois de meses de ponderação, decidi dar o salto.
Se tenho medo? Não o suficiente para preferir passar pela vida com o “Vai-se andando” com o “mais ou menos” ou o “assim-assim”. Quero viver em vez de ir sobrevivendo.

E hoje é o primeiro dia do resto da minha vida. E hoje, estou mesmo feliz!