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Fora de casa - Salamanca

Esta viagem, feita já em 2005, foi recheada de felizes coincidências. Planeámos tudo muito bem, em termos de visitas obrigatórias, de tempo para conhecer cada local, da oferta de hotéis e pensões, and so on. Decidimos escolher o alojamento só quando chegássemos e assim foi: logo nos dois primeiros hotéis não havia vagas. Estranhámos. Ao terceiro, o senhor justificava-se: “Estamos en ferias, son las ferias”. Perante o nosso espanto, lá nos explicou: celebrava-se o 250º aniversário da Plaza Mayor e toda a cidade estava em festa!

Havia barraquinhas de comes e bebes por todo o centro histórico e a Sidra caía fresca nos copos, deitada de muito alto, num movimento quase circense. Era fiesta até tarde, todas as noites, com música, espectáculos e gente, muita gente pelas ruas, num Setembro quente que guardo tão bem na memória. 
Visitámos e adorámos o Museo Art Nouveau y Art Déco, o refrescante Huerto de Calixto e Melibea, um jardim com origem numa história romântica, a fazer lembrar Romeu e Julieta. E encontrámos, depois de uma observação, atenta e demorada, da fachada da Catedral, os famosos “astronauta” e “diabo a comer um gelado” – incontornáveis e estranhas figuras, incorporadas durante uma recente restauração da mesma.
A não perder, de petiscos: o delicioso Hornazo, uma espécie de bola / empanada de carne, fácil de encontrar pelas padarias da cidade e a bela Sidra que muito nos refrescou pelas noites e fins de tarde.
É uma cidade universitária, e isso sente-se na sua alegria e juventude, mas também carregada de história e com uma luz irrepetível, graças à rocha que constitui a maioria das construções (pedra de Villamayor) que faz com que Salamanca seja também conhecida como a cidade dourada. 

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