> CASAPONTOCOME: outubro 2012

História assustadora


Esta foi uma das coisas mais estranhas que já me aconteceram.

Eu devia ter uns 14 anos e estava a passar uns dias em casa da minha avó, com o meu irmão mais novo. A casa tem 2 andares e entre eles há dois lanços de escadas. O quarto da minha avó ficava no andar de baixo e o nosso, no andar de cima, ao fundo do corredor.

Desde que me lembro, que gosto de ler antes de adormecer. Já devia passar das 23h e estávamos os dois a ler nesse quarto. A minha avó deitava-se muito cedo, portanto já devia ter adormecido há muito. Não havia mais ninguém em casa naquela noite.

Na altura, um tio meu tinha comprado um CD dos U2 e eu andava viciada em ouvi-lo. Apeteceu-me ouvir uma das músicas e disse ao meu irmão que ia só à sala, ouvir uma música e já voltava. Fui, sem fazer barulho e sem acender luzes, para não acordar a minha avó, lá em baixo. Liguei a aparelhagem, pus a tal música baixinho e fiquei a ouvir e a olhar lá para fora, pelas grandes janelas da varanda da sala. Estava de costas para a porta.

Nisto, oiço uns passos apressados e abafados atrás de mim, que julguei virem da alcatifa à entrada da sala, pelo som. Virei-me, naturalmente, à espera de ver o meu irmão, mas não vi ninguém e não ouvi mais nada. Não fiquei minimamente assustada, porque sabia que só podia ser o meu irmão: com certeza veio ter comigo e fugiu a correr para eu não lhe ralhar, pensei. Fui pelo corredor fora, a sorrir, só para lhe dizer “Eu vi-te!”. Entro no quarto e estava ele, no mesmo sítio onde o deixei, com o livro já caído sobre o peito, a dormir profundamente. Já não saí mais do quarto. Nunca me lembro de fecharmos as portas dos quartos naquela casa, mas fechei e tranquei a nossa e nunca consegui explicação para aqueles passos que ouvi.   

Cores de Outono



Apesar de gostar do Verão(com moderação, claro) adoro o Outono, confesso. O regresso às sopas reconfortantes, às chávenas de chá bem quente e perfumado, às meias grossas e às pantufas… gosto!
Uma das coisas que mais me fascina são as cores do Outono. Não há cores assim no resto do ano, é uma paleta totalmente nova de tons que aquecem a alma e os dias de sol quase que nos obrigam a parar para olhar. Olhar “com olhos de ver”, como diz a minha mãe.
Aproveitando este fim-de-semana de sol, fomos atrás do Outono. E ele lá estava, dourado e luminoso, à nossa espera.
Já pisou folhas secas este ano?

Remover cheiros do frigorífico (e não só)


Pois hoje é sobre isto mesmo. Quantas vezes abrimos o frigorífico e sentimos um leve aroma de cebola, que sobrou do refogado, ou do bife que deixámos a marinar em vinho e alho… Porque nem sempre temos tempo para guardar tudo em recipientes fechados, hoje apresento a minha solução extra-simples e eficaz: borras de café.
Agora os nossos cafés são tomados maioritariamente por casa: melhores que em muitos cafés e a metade do preço, portanto, mais um bom negócio! E as cápsulas usadas, têm ainda esta função desodorizante: são só vantagens!
Faço assim, abro uma cápsula usada, com uma faca, de modo a expor a borra de café do interior. Depois, ponho num pratinho e deixo no sítio de onde quero remover os cheiros. Num cantinho do frigorífico está sempre uma, que troco uma ou duas vezes por semana. Também  já usei no forno, depois de fazer algum assado mais intenso em aroma: deixo durante um ou dois dias (obviamente, com o forno já frio) e já está – forno sem cheiros.
Na máquina da loiça, prefiro outra técnica, igualmente complexa: deixar lá dentro meio limão, com 2 ou 3 cravinhos espetados: um cheirinho agradável e fresco!

Nozes nº 9



Eu: Já me ando a enervar: ontem não ganhei o euromilhões e hoje não ganhei 5000 €…

Ele: 5000 € de quê?

Eu: Num daqueles concursos telefónicos da televisão.

Ele: A sério? Gastaste 60 cêntimos a ligar para isso?

Eu: Gastei, e depois? Sempre é mais barato que o euromilhões e no final ganhei o mesmo! 

Receita de papas de aveia


 Fui, na semana passada, apresentada a mais um dos meus alimentos para a saúde: a aveia. E pelos vistos eu, ela, o recentemente adoptado leite de soja e o delicioso kefir, vamos ser bons amigos!
 Tenho feito lanches e pequenos-almoços deliciosos, assim:
Ingredientes
{1 chávena de aveia
{2 chávenas de leite de soja (ou leite normal)
{1 pitada de sal
{1 colher de sopa de açúcar
{casca de limão
{1 cravinho
{canela para polvilhar

Preparação
Ponho tudo no tachinho e deixo cozer 5 a 7 minutos, mexendo bem, até formar uma papa cremosa. Depois é só pôr no prato, polvilhar com canela e comer, ainda morno ou frio, também gosto.
Não é à toa que o meu colesterol está em níveis dignos de aplauso: quando mimamos o nosso corpo, ele retribui!

3 receitas S.O.S.


Há dias em que chegamos a casa já tarde, com alguma fome e o tempo não está do nosso lado para elaborar uma refeição demorada. É nestes dias que entram em cena algumas das minhas receitas SOS. 
Estas 3 são as que mais uso cá por casa:

Tenho quase sempre em casa bacalhau desfiado, ovos e batata palha de pacote, portanto, uma das mais rápidas e eficazes é esta, o BACALHAU À BRÁS.

Outra boa aliada é a massa chinesa, ou noodles, que coze em 2 ou 3 minutos. Com o meu amigo WOK, de que já AQUI falei, faço um refogado com o que tiver em casa (bacon, frango desfiado, espinafres, cogumelos, alho francês em rodelas, cenoura aos palitos, milho doce, etc), cozo os noodles à parte ou no próprio molho do WOK e já está: em cerca de 15 minutos temos um jantar saboroso.   

E ainda… A infalível combinação sopa + sandes. Apesar de evitar, há dias em que lá tem de ser uma sopa de pacote, mas normalmente são uns purés de legumes ou a deliciosa sopa de tomate alentejana que prometo partilhar aqui em breve. De pacote, alternamos entre o creme de espargos e o de cogumelos. Acompanhada por uma sandes em pão de forma integral sem côdea, com queijo, fiambre, tomate e maionese, por exemplo, já nos salvou muitas vezes.

E isto porque adoro cozinhar, mas às vezes o tempo não deixa! 

Calinadas à portuguesa



Uma das coisas que mais me arrepia os olhos (sim, os meus olhos possuem esta fantástica capacidade) é ver a nossa bela língua portuguesa a ser maltratada e a gramática a levar pontapés, em plena luz do dia.

Noto que ultimamente o caso tem vindo a piorar, o que é muito natural: as pessoas não lêem e depois só podia dar nisto.

Tenho recolhido algumas pérolas que aqui vos deixo, para verem como não estou a exagerar. À frente da cada uma, deixo a forma correcta, até porque algumas precisam de tradução:

empreza (empresa), obesservação (observação), passientes (pacientes), trancuila (tranquila), genecologia (ginecologia – estaria a a pessoa a referir-se a alguma colagem de genes??), muscolos (músculos), deichar (deixar), encinome (ensinou-me), visicula (vesícula – esta é muito frequente), prosta (próstata – mais um órgão novo), insepurtável (insuportável), disiquilibrio (desequilíbrio – até bons alunos cometem este erro…), voçês (vocês – muita gente faltou a uma certa aula, no primeiro ciclo, pelos vistos), hexitar (hesitar – sem comentários), estantanio (instantâneo – esta não podia escapar), emclino (inquilino), puribir (proibir), enterpretes (interpretes – ou isso ou estavam a mandar entrar o Pretes…).

E ficamos por aqui, que já nem vejo bem!

Hoje é dia de festa!


E como ontem, Domingo, tivemos celebração cá em casa, deixo uns pormenores do meu dia, que foi cheio de mimo e muita luz.





Receita de tarte de maçã com canela


 Ingredientes
{ 1 Kg de maçãs
{ Massa folhada
{ 5 colheres de sopa de açúcar
{ 1 pau de canela
{ Canela em pó

Preparação
Partir em pedaços a maçã, retirando apenas as sementes. Reservam-se algumas maçãs para depois laminar.
Levar a cozer num tachinho as maçãs cortadas em pedaços com casca, juntando o açúcar e o pau de canela.
Reduzir a puré depois de cozidas.
Na tarteira, dispor a massa folhada, picando o fundo com um garfo, para ficar estaladiça na base e fofa nos lados.

Cobrir o fundo com o puré de maçã.

Cobrir com maçã laminada, polvilhar com canela e levar a cozer no forno, por cerca de meia hora a 180 º C.

Notas finais
Pode servir-se ainda morna, com uma bola de gelado de baunilha ou natas, é uma delícia e sabe a Outono!

1 ano de blog


E eis que passou um ano! Às vezes perguntam-me qual é o objectivo desta “casa”, que começou por ser minha e hoje é nossa e vossa: nenhum! Apenas escrever, porque gosto. Sejam receitas, dicas de viagens, conselhos de decoração ou de coração, ou simplesmente desabafos, sem escrever não vivo.

É bom saber que gostam de cá vir. As estatísticas mostram-me que são muitos e de muitos lugares os nossos visitantes: Portugal, Brasil, Estados Unidos e Rússia estão no top, mas há centenas de visualizações de outros lugares, centenas de comentários e mails, o que me incentiva a continuar.

Tornei a casa mais disciplinada, publicando às Segundas, Quartas e Sextas e só tenho a agradecer as vossas visitas e palavras doces.

Continuem a passar cá por casa e as portas ficarão sempre abertas!

Lã do rei


Bem, eu que não sou nada de criticar (cof, cof), hoje não resisti.
Eu adoro, vivo e respiro música. A minha sanidade mental não sobrevive muito tempo se não tiver acesso a música.
Gosto de música muito variada, desde que a considere boa. Sou fã de bandas ou artistas musicais quando preenchem os meus requisitos, que são: boa melodia, voz cativante, carisma e letras que me agradem. Ainda assim, só sou verdadeiramente fã de poucos grupos musicais. E os que não gosto, não ouço e pronto.

Ora há uns tempos ouvi na rádio uma voz, já na altura considerada mega-revelação, que me fez imediatamente bocejar. É uma voz pesada, levemente nasalada e que se arrasta penosamente, como veludo grosso, pelas notas das canções, já de si lentas e monótonas.  O sucesso da moça leva-me a crer que sou, mais uma vez, extraterrestre na minha aversão a esta voz. 

Há uns dias, ouvi a mesma voz num anúncio de televisão a uma marca de roupa e pensei: ainda se fosse num anúncio a algum sonífero… 
Mas enfim, tenho bom remédio: não gosto, não ouço. 

Receita simples de felicidade



Hoje a receita é outra e pode ajudar toda a gente que a ler, nem precisam de saber cozinhar.

A felicidade não é um dom, nem uma sorte rara, reservada a poucos eleitos, nem tão pouco um eterno e permanente mar de rosas. A felicidade é uma clara maioria de momentos felizes. Mais de 90% dos meus dias são felizes, portanto sou feliz, e muito.

Tenho sorte? Tenho muita sorte em muita coisa, mas a minha felicidade sou eu que a faço quando a escolho. Já aqui referi a importância de fazer escolhas felizes todos os dias, em todos os momentos da nossa vida e é só isso. Mesmo.

Todas as situações com que nos deparamos, podem sempre ser encaradas de mais do que uma maneira. O que nós, os felizes, fazemos, é sempre escolher encarar a vida de maneira positiva. Não é fingir que coisas más são boas, nem fechar os olhos a coisas graves, é simplesmente perceber rapidamente como podemos tirar algo de bom de uma coisa menos boa, o que podemos aprender com aquilo, e depois simplesmente avançar. Aprender e seguir em frente. Sempre.

Não é fácil começar, mas depressa se torna num ciclo vicioso: viver momentos felizes é muito bom, faz-nos sentir leves e luminosos, logo, queremos repetir. Como já saboreámos uma vez, na próxima oportunidade vamos voltar a escolher encarar positivamente o próximo desafio e por aí fora. Rapidamente somos rodeados de pessoas também luminosas e felizes, porque as atraímos para a nossa vida e assim sucessivamente.

Ser feliz é viciante e altamente contagioso.

Casa sem segredos

E é hoje que revelo um segredo, não tão bem guardado assim, dos meus gostos e preferências pessoais, que me hão-de valer muito gozo de certeza… Temos pena!

Ora então cá vai: eu ADORO ver o preço certo. Não é gostar, é um pouco mais. Confesso e admito, pronto, está dito.

Sempre que consigo orientar o jantar e estou livre naquela horinha “antes do telejornal” e no “canal 1 da RTP”, lá estou eu, muito atenta, a ver o programa. Conheço-os a todos, desde a Lenka ao Betão; os efeitos sonoros de cada trocadilho, a musiquinha da pantera cor-de-rosa, sempre que os acompanhantes dos concorrentes descem as escadas sorrateiramente; a música de circo quando algum concorrente vai pelo sítio errado ou tenta atirar-se na direcção do Fernando Mendes sem levar o microfone… Até as dicas que ele dá para ajudar os concorrentes! Eu acho que se lá fosse, trazia tudo até a montra final…

Adoro os trocadilhos constantes e para quem não sabe, nada ali acontece por acaso… Às vezes focam o nome de alguém da plateia e ouve-se um “Aaaaleluia!” e vai-se a ver, a senhora chamava-se Fátima. Ou quando focam os “oiros” das velhotas, em anéis ou fios e põem aquele som “prrrliim“… Pronto, o que é que eu hei-de fazer? Divirto-me imenso com aquilo! E não ainda não cheguei aos setenta anos.

Não querem organizar um grupo de 10 a 30 pessoas e íamos até lá? Ainda podíamos ter a sorte de ganhar uma “t-shirt jafoste”! Um dia… quem sabe… 

Sumo natural de cenoura e maçã



Ainda não chegou a altura de arrumar a máquina de sumos! E que tal uma dose de vitaminas e sais minerais? Só para quem quiser ter “olhos bonitos”…

Ingredientes
1 cenoura grande
3 maçãs

Preparação
Colocar na máquina de sumos, em pedaços com casca.
Homogeneizar e beber! A cenoura tem vitamina A e betacaroteno. A maçã ajuda a dar um sabor delicioso e contribui com mais vitaminas (B1 e B2) e mais sais minerais.

Só faz bem!