O telefone toca. É a minha mãe. Atendo sem mover qualquer músculo
facial para lá dos absolutamente necessários. As minhas respostas
monossilábicas despertam a atenção maternal que, afinal, ainda é afinada.
[Não, não estou bem. Há uns dias que ando com um humor canino e o cérebro
meio dormente. O dia cinzento em plena Primavera não ajuda muito. Queria só ver
o futuro e não sei como, é pena. Só para saber em que direcção devo nadar, só
isso, porque parar de nadar e de me manter à tona não faz parte dos meus planos.]
Não digo nada disto, claro, e a conversa prossegue. Aos poucos, é
como se fosse sendo repescada para a vida. Vou começando a fazer o jantar… Vou sorrindo
ao perceber que muito do meu humor tem raízes muito claras… Vou rindo com
histórias de pessoas e sítios que já nem recordo bem.
Quando desligo sinto-me leve. Quando se pensa que as mães já não
podem fazer muito por nós depois de crescidos, ainda por cima à distância e
ainda por cima ao telefone, eis que um telefonema nos mostra o quanto nos
podemos enganar!
Obrigada mãe.
Obrigado FILHA,o meu desconfiometro passou o fim de semana ligado e em sobressalto,esperando a 2ª feira para não imterromper o "namoro" no fim de semana,sinto a revolta que milhares de mães devem sentir nestes tempos.Em qualquer repartição hà incompetentes que não sabem doseu serviço que nos dão informações erradas e teem o seu ordenado no fim do mês.Outros milhares ficam no desemprego injustamente quando até já deram provas do seu valor,precisa-mos de uma peneira gigante para agitar e deixar cair o lixo ficando só o grão melhor, vamos agitar isto mães deste país!
ResponderEliminarTambém eu vou encontrar o meu caminho e, se não o encontrar, construo-o eu. Sou forte. Sou filha da minha mãe. :)
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