Fiz,
sobrevivi e gostei. É um passeio lindíssimo, quase sempre junto ao rio e com
paisagens de sonho. Depois do cansaço e de recuperar das dores musculares acho
que vale a pena, desde que se tenham os devidos cuidados.
O
percurso não é fácil, mas não é impossível. São quase 9 km e mais de 500
degraus. Mas calma... Para quem estiver um pouco fora de forma como eu, há
formas de facilitar a coisa.
1
- Reservar os bilhetes no site
Pode
imprimir ou levar no telemóvel, mas deve comprar os bilhetes logo que possível, AQUI.
A lotação é limitada e fica mais barato do que comprar no local, portanto é
melhor não correr riscos.
O
preço dos bilhetes em 2018 é de 1€ no site e 2€ no local.
2
– Preparar a caminhada
Não
é um simples passeio, pelo que deve ir o mais confortável possível. O ideal são
sapatilhas e roupa desportiva. Estavam 24 ºC quando fomos e mesmo assim tive
calor em várias etapas. Não deve ser fácil fazer o trajecto em dias muito
quentes.
Levei
apenas uma pequena mochila com: protector solar, água fresca e sumos, saco para
lixo, comida (sandes e fruta, para um almoço leve), máquina fotográfica, lenços
de papel, hidratante labial, elástico para o cabelo, telemóvel e dinheiro. Não
precisei de mais nada, mas se precisasse, 3 pequenos cafés (no início, a meio e
no fim) estavam em funcionamento.
3
– Começar pelo Areinho ou Espiunca?
Começámos
pelo Areinho por ser a opção mais “leve” para o corpo. Logo na parte inicial e com
as pernas ainda frescas, são cerca de 500 degraus. Assusta um bocado, porque pensamos se
será sempre assim cansativo, mas não é. Esta é mesmo a pior parte, mas a vista
do ponto mais alto recompensa-nos logo. Além disso, nada nos impede de ir parando
para recuperar o fôlego. A partir daqui é quase sempre a descer e sem grandes
desníveis.
4-
Parar e descansar. Onde?
A
melhor zona para parar, refrescar e recuperar energias é sem dúvida a praia fluvial do
Vau. Fica mais ou menos a meio do percurso. Quando vir uma ponte suspensa, está
a chegar. Essa ponte não faz parte do trajecto, mas pode atravessar e voltar
para trás, se quiser. A praia fica logo depois. Uma cascata, águas limpas e
muita sombra. Almoçámos por aqui, pus os pés de molho na água fresca e fizemos
uma pausa prolongada. Há também nesta zona uma casa de banho e contentores do
lixo.
5-
Regressar de táxi
Decidimos
logo que regressaríamos de táxi. Para nós, fazer 18 km a pé e com este grau de
dificuldade estava fora de questão, mas há quem faça os dois sentidos.
Ao
chegar a Espiunca há que mostrar novamente os bilhetes antes de deixar o percurso. Aqui há um cafézinho com mesas de pic-nic e na estrada há um local para aguardar pelos táxis.
Muito facilmente se consegue partilhar o táxi e reduzir o custo. Nós
partilhámos um táxi de 7 lugares, com uma família de 4 pessoas e a viagem
custou 15€, no total. Os táxis para 4 pessoas ficam por cerca de 12€.
Em
resumo, vale a pena! O percurso é impressionante pela beleza, está limpo e bem
mantido, apesar de já ter ardido parcialmente por duas vezes.
As
dores musculares desapareceram em 2 ou 3 dias, mas as memórias e as fotografias
hão-de durar muito mais tempo.